Como Igreja - Quais são Nossos Propósitos? O Que Defendemos Em Termos Doutrinários

Nossa proposta é uma Teologia Reformada que possa se alinhar com um cristianismo equilibrado, pelo qual ensinamos e pregamos a soberania de Deus, acreditamos na depravação total, defendemos a salvação pela graça, adotamos como doutrina fundamental a predestinação, a perseverança dos santos e todas as outras doutrinas bíblicas que podem ser encontradas nas Escrituras e na literatura Reformada, porém, e este “porém” é o diferenciador, nos entendemos que deve também existir uma contextualização moderada nos usos e costumes, realizar mudanças na liturgia hermética que não diz muita coisa para o homem de nosso século, uma gestão missiológica mais agressiva e eficaz. Não queremos ser uma “nova ideia”, ou uma moda passageira e fugaz. Mas, queremos o retorno de uma cosmovisão cristã séria, alinhada com os Grandes Doutrinas da Graça de Deus. O valor da visão de Fé que pregamos encontra-se precisamente nisto: Em sua capacidade de nos inspirar a voltar às raízes da fé e a livrar-nos das pressões domesticadoras da “cultura religiosa” moderna, e dos sistemas a que as pessoas foram induzidas a se submeter. Oferecer uma perspectiva libertadora para a leitura da Bíblia e dos sinais dos tempos, visando participar com Deus de Seu plano de salvação entre nós.

Algumas marcas diferenciadoras podem ser apontadas, em resumo:

- Uma Teologia Reformada saudável e Bíblica em todos seus aspectos relevantes. Como apontamos acima.

- Relacionamentos complementares (homens e mulheres), cada um na sua posição claramente determinada por Deus, na família, na sociedade e na Igreja.

- Ministério cheio do Espírito Santo. Ou seja, continuísmo, rejeição ao cessacionismo. Entendendo que os dons foram dados a Igreja, para sua edificação, pelo qual enquanto existir igreja, eles são necessários, desde que sigam as claras orientações encontradas no Novo Testamento, em especial nas Cartas paulinas, para assim existir ordem e moderação.

- Prática missional. Pregação e Evangelização indo ao encontro dos Eleitos de Deus, para os unir e congregar ao Seu Povo.

Em palavras simples desejamos preservar o que é imutável (teologia reformada) e mudar o que deve mudar. Nisto no aproximamos, e muito, com o pensamento expresso pela Organização Desiring God, sob a liderança de Jhon Piper.
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Para Compreender o Significado de Regeneração Monergista

Como Igreja Assembleia de Deus de Confissão Reformada defendemos o Monergismo (ou como teologicamente é conhecido: regeneração monergística) – Como compreender esta definição, o que biblicamente pode ser entendido para este tão importante assunto: Podemos resumir dizendo que ela é a bênção de Redenção ou Salvação que foi adquirida por Cristo para aqueles que o Pai Lhe deu (Recomendamos ler os Textos indicados - 1ª Pedro 1.3; João 6.37, 39). Essa bênção só pode ser comunicada por aquele poder na alma decaída e completamente perdida no pecado e como resultado a pessoa que deve ser salva é eficazmente capacitada a responder ao chamado do evangelho (João 1.13, Atos 13.48). Ela é aquele poder sobrenatural de Deus, e que somente Deus outorga e pelo qual nos é concedida a capacidade espiritual para cumprir as condições do Pacto da Graça; ou seja, para nos apropriar dos méritos de Cristo por uma fé eficaz e atuante.
Somente habilitados com essa Graça ou dádiva divina é possível se achegar aos termos exigidos da salvação, para poder se arrepender dos pecados e abandonar os ídolos e amar a Deus e a Seu Filho acima de todas as coisas.
O Espírito Santo, ao vivificar a alma, e isso completamente de graça, sem méritos de natureza humana, capacita e inclina os eleitos de Deus ao exercício espiritual da fé em Jesus Cristo (João 6.44, 1ª João 5.1). Este processo é o meio pelo qual o Espírito nos traz à viva união com Ele.
A Confissão de Westminster, usando o mesmo tipo de linguagem, observa que a fé é tanto um requerimento do pacto como algo pelo qual Deus capacita o homem a cumprir, concedendo-lhe novas capacidades e afeições espirituais: Sob os termos do Pacto da Graça, Deus:
 "livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por Jesus Cristo, exigindo deles a fé nEle para que sejam salvos; e prometendo dar a todos os que estão ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e habilitá-los a crer". - Confissão de Fé de Westminster, Capítulo VII - Do Pacto De Deus Com o Homem.
Em outras palavras, o que Deus requer de nós (fé, arrependimento, amar a Ele como único e absoluto Soberano, Ele nos concede em Cristo --- 2ª Timóteo 2.25; Efésios 2.5,8). De fato, todos os benefícios de nossa salvação podem ser traçados até Cristo e Sua obra consumada sobre a cruz. A regeneração, um desses benefícios da redenção, é concedida àqueles sobre quem Deus colocou Seu amor antes dos tempos eternos (Efésios 1.5), para que eles possam se apropriar dessas bênçãos.
"... se alguém faz a assistência da graça depender da humildade ou obediência do homem e não concorda que é um próprio dom da graça que sejamos obedientes e humildes, contradiz o Apóstolo que diz: “E que tens tu que não tenhas recebido?”. (1ª Coríntios 4.7 – Sugerimos a leitura dos textos citados), e, “Pela graça de Deus sou o que sou” (1ª Coríntios 15.10). - Concílio de Orange, 529 D.C.
Portanto, é importante não confundir os conceitos de regeneração e justificação.
Regeneração é o que produz a fé em Cristo, a qual se apropria da bênção da justificação. Todas essas são bênçãos que Cristo adquiriu para nós ao cumprir o nosso lado no pacto em perfeita obediência tanto passiva como ativa às demandas da lei de Deus. Ele viveu a vida que deveríamos ter vivido e morreu a morte que merecíamos.
Ao pecador, que era deliberadamente cego para com o amor de Deus e assim, impossibilitado de ter amor (ágape) por Deus ou compreender as coisas espirituais (1ª Coríntios 2.14), é agora concedido o Espírito Santo, que circuncida o seu coração, cura a sua cegueira e lhe dá novas afeições por Deus para que ele possa compreender sua nova condição como “filho de Deus”.
Por que isto é tão vitalmente importante? Simplesmente porque exalta a glória de Cristo. A Escritura ensina que tudo relacionado ao evangelho deve apontar para glorificar Cristo e humilhar o homem. Assim, segue-se que tudo quanto diminua a glória de Cristo é inconsistente com o verdadeiro evangelho. Portanto, aqueles que ensinam que a fé dos homens naturais é que lhes faz diferentes dos outros, e não a graça que causa a fé neles, então, eles estão indevidamente exaltando o papel do homem na salvação.
Monergismo é a doutrina bíblica de que a regeneração (o novo nascimento) tanto precede como produz a fé em Cristo naqueles que o Espírito Santo determina soberanamente dispensar Sua graça (João 1.13; 6.63-65; Atos 16.14b; 1ª João 5.1). Quando pregada no poder do Espírito Santo, o evangelho (Tiago 1.18, 1ª Pedro 1.23, 25) tem o poder de abrir os olhos cegos e os ouvidos surdos.
Aqueles mortos em pecado (Efésios 2.1, 5, 8), portanto, não têm nenhuma parte no seu novo nascimento (Romanos 3.11, 12; 8.7) e são tão passivos no ato regenerativo como um bebê recém-nascido fisicamente. Uma vez restaurada, contudo, a nova disposição da alma imediatamente passa a ter um papel ativo na conversão (arrependimento e fé). Portanto, o homem não coopera em sua regeneração, mas, antes, infalivelmente responde em fé a medida que o Espírito Santo muda a disposição de seu coração (João 3.6-8; 19-21). A fé não é algo produzido por nossa natureza humana não regenerada.
O pecador caído não tem capacidade moral ou inclinação para crer antes do novo nascimento. Em vez disso, o Espírito Santo deve abrir os ouvidos da pessoa à pregação do evangelho para que ela possa atender à mensagem (veja o caso de Lídia em Atos 16.14). Embora não haja sequência temporal, a regeneração causa todos os outros aspectos de nossa salvação. Todos eles ocorrem simultaneamente como o ligar de uma luz. Regeneração, portanto, é a causa direta da fé, justificação, santificação e das santas afeições. Em outras palavras, a fé e os outros benefícios que recebemos da redenção de Cristo, brota da nova capacidade que nos foi dada por Deus.
Dicionário Secular
Monergismo: "Na teologia, A doutrina de que o Espírito Santo é o único agente eficaz na regeneração - que a vontade humana não possui inclinação para a santidade até ser regenerada e, portanto, não pode cooperar na regeneração".
Abaixo, alguns Cristãos na história do cristianismo que defenderam a doutrina bíblica do monergismo:
Jonathan Edwards, Charles Spurgeon, Martinho Lutero (que considerava esta doutrina o coração da Reforma), João Calvino, John Knox, John Owen, os Puritanos do século XVII, John Bunyan, Agostinho, George Whitefield, John Gill, Arthur W. Pink e alguns pastores e teólogos contemporâneos tais como Martyn Lloyd-Jones, John Piper, Wayne Grudem, R.C. Sproul, Michael Horton, J.I. Packer, James Montgomery Boice, John MacArthur, etc.
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O Pequeno Rebanho (Lucas 12.32) - Uma Realidade Presente

Se você é uma daquelas pessoas que procuram ver um “imenso monumento” em lugar de uma Comunidade genuinamente Cristã e Evangélica, vai se surpreender conosco. Não possuímos um enorme e nem luxuoso “santuário”, pois, na implantação inicial da Igreja nos reunimos de forma simples e singela, até que Deus nos oriente para algo maior. Somos poucos em número (pequeno rebanho – Lucas 12.32), mas, entendemos perfeitamente porque isso tudo é assim. Compreendemos porque somos poucos, e a razão é simples, a maioria não quer aceitar o Evangelho na sua simplicidade original, rejeitam a Graça de Deus para seguir ensinamentos humanos. Muitos são “neo-pentecostais”, e vão ao extremo inventando exageros atribuídos ao Espírito Santo. Outros são ferrenhos defensores do cessacionismo e, assim, ambos grupos nos viram as costas.

Legalismo e Evangelho da Graça não são sinônimos, ou é um ou é outro. Você pode comprovar isso quando por conveniência e interesses “líderes legalistas” criam mandamentos que não existem de verdade, mas apenas na cabeça deles e eles estabelecem os “dogmas” como se fosse uma “grande verdade”. Assim, muitos estão apegados a mandamentos que não existem, mas, que vivem como se existissem. Isso produz uma multidão de gente doente na mente e no espírito. Muitas "igrejas" estão cheias de invenções humanas que não têm nada em comum com o Evangelho da Graça, e a maioria gosta dessas invenções, por causa de que o foco que deveria ser a Bíblia não é mais.

O Evangelho não é uma doutrina para encher os crentes com divertimentos de palco, o Evangelho são princípios de vida, para mudança de vida.

A Graça de Deus promove uma mudança radical e completa em nosso coração, com a clara demonstração de rejeição de comportamentos legalistas e da rejeição completa de massificação de pessoas, alienação do direito de pensar. A Graça de Deus é a fé dada por Ele que nos transforma em novas criaturas. Acreditamos que agora você entendeu porque somos poucos, porque somos um pequeno rebanho, a maioria segue a maioria, mesmo que, como no passado, ela se afogue nas águas do dilúvio de um evangelho modernizado e legalista.
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Início dos Estudos da Justificação Pela Graça de Deus

As Boas Novas (Evangelho) contidas na parte da Palavra de Deus dirigida aos crentes após o dia de Pentecostes é que Jesus Cristo cumpriu todas as condições necessárias para que, confessando-O como Senhor e crendo que Deus o ressuscitou dentre os mortos você estará justificado e salvo. Esta é uma notícia muito boa, não é? Paulo explica assim em Efésios 2.8 “Porque PELA GRAÇA sois salvos mediante a fé: e isto não vem de vós: é DOM de Deus: Não por obras, para que ninguém se glorie”. Também em Romanos 10. 9-10 “Se você confessar com a boca o Senhor Jesus, e acreditar em seu coração que Deus o levantou de entre os mortos, você será salvo. Pois com o coração o homem crê para a justiça; e com a boca confissão é feita para a salvação” E Atos 16.30-31 “Então ele os trouxe para fora e disse: Senhores o que devo fazer para que seja salvo? E ele disse, crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e a tua casa.”

Também: Romanos 3.20-24, 28
“Portanto ninguém será declarado justo diante dele (Deus) através das obras; pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei a justice de Deus tem se manifestado, que é atestada pela lei e pelos Profetas. Isto é, a justiça de Deus vem pela fé em Cristo Jesus para todo aquele que crê. Pois não há distinção, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça mediante a redenção que há em Cristo Jesus... Portanto concluímos que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”.

O trecho acima declara que a nossa salvação e nosso direito de estarmos diante de Deus, isto é, a nossa justiça, não estão baseados no número de boas obras que fizemos, fazemos ou iremos fazer, mas na Graça de Deus. De acordo com as passagens acima, ainda que você guardasse toda a lei não poderia ser justo diante de Deus, pois, como lemos: ninguém pode ser justo diante de Deus pelas obras da lei. E também diz que "todos pecaram". Mesmo se você nunca tivesse pecado em sua vida (que eu tenho certeza que não é verdade), há ainda o pecado de Adão que passa de geração em geração. Mas, louvado seja Deus, que outra forma tenha sido providenciada pela qual podemos ser justos diante dEle. Esta forma é chamada de Graça. Sim, alguém tinha que trabalhar para que todos esses dons estivessem livremente disponíveis para nós. No entanto, este Alguém não era nem você nem eu, mas, o Senhor Jesus Cristo. Romanos 3 nos fala sobre as realizações de Jesus Cristo:

Romanos 3.23-26
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.”

A redenção está em CRISTO JESUS, não no que você e eu conseguimos realizar. Isto é muito importante se quisermos compreender a relação que temos com Deus. Nosso relacionamento é baseado na Graça de Deus e nas realizações de Jesus Cristo, não em nosso valor, obras ou realizações. Somos justos diante de Deus 24 horas por dia. A razão é que este direito foi-nos dado pela Graça. Foi dado a nós como um resultado do favor imerecido e amor que Deus tem para nós. É a "justiça de Deus", não a nossa justiça, ou justiça-própria. Este "de" indica a fonte dessa justiça. Esta fonte não é nem você nem eu, mas Deus. Gálatas 2.16 também nos diz:
"saber que um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Assim também nós colocamos a nossa fé em Cristo Jesus para que possamos ser justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da lei: pois pelas obras da lei ninguém será justificado."
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Meio Morto ou Completamente Morto?

Deus não poderia mentir, Ele, falando da árvore do conhecimento do bem e do mal, disse claramente para Adão e Eva: "NO DIA em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2.17). Percebe? Deus não falou de morrer depois de mais de 900 anos, Ele disse que nesse dia, no mesmo dia eles morreriam. Esta verdade nos ensina a enorme diferença entre a vida espiritual e a vida física (natural), Adão morreu naquele dia, perdeu a vida espiritual, mas continuou com sua vida física (natural) por mais de 900 anos (Gênesis 5.5). Eles ficaram completamente mortos espiritualmente, e não meio mortos. O apóstolo Paulo, entendia perfeitamente esta diferença, e escreveu para os Efésios: "estando nos MORTOS em nossos delitos e pecados" (Efésios 2.5).

Por ser assim, todos nós nascemos mortos, espiritualmente não temos vida (Salmo 51.5). Razão pela qual Paulo acrescenta que Ele, Deus, "nos deu VIDA juntamente com Cristo" (Efésios 2.5). E então compreendemos que como mortos, nada, absolutamente nada podemos fazer, estamos, como mortos espirituais, completamente alienados, em corrupção e incapacitados de qualquer escolha ou decisão e somente Ele, Deus, que é autor da VIDA nos dá o que nós não podemos obter por nós mesmos.

Efésios 2.5 - O verso termina assim: "pela graça sois salvos" o ato de receber a VIDA, que somente Deus pode dar, é então o ato de Salvação, e isso é pela Graça, somente pela Graça de Deus. A Deus pertence a Salvação!
Tanto isto é verdade, que no Grego do Novo Testamento se faz distinção entre a vida física (natural) usando a palavra "bios" (dai os derivados como: biologia, biogenética, etc.). Mas, para a Vida que Deus nos outorgou para salvação é usada outra palavra em grego, a palavra é "Zoé". Entenda final e definitivamente que no "bios", na vida natural ou física decidimos e nós escolhemos que roupa vamos usar, o que vou comer, aonde ir, que fazer ou deixar de fazer, porém, espiritualmente, estávamos completamente mortos, e como um morto, não temos escolha, somente, unicamente, pela Graça de Deus recebemos Vida (Zoé) e somos salvos. A Deus pertence a Salvação!
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João Calvino Fala do Ministério na Igreja

Serve, pois, de orientação para a teologia reformada a questão da Palavra e dos Sacramentos. Onde uma é pregada e ouvida com sinceridade e a outra é mostrada (celebrada) de modo correto, aí está a Igreja. Deste modo, fica claro que para Calvino a identidade da Igreja está intimamente ligada ao ministério da Palavra, seja pregada, seja demonstrada nos sacramentos:

A Igreja é chamada coluna da verdade pela mesma razão, pois, o ofício de ministrar a doutrina que Deus pôs em suas mãos é o único meio para a preservação da verdade, a qual não pode desaparecer da memória dos homens. Em consequência, essa recomendação se aplica ao Ministério da Palavra, pois, se ela for removida, a verdade de Deus desvanecerá. [1]

Por isso, é necessário voltar a atenção para o ensino de Calvino acerca dos ofícios eclesiásticos. Ele estabeleceu como um componente essencial de seu acordo para voltar à Genebra em 1541 a adoção de um ofício quádruplo na Igreja: pastor, mestre, ancião e diácono. Ele compreendia que este era o padrão ordenado nas Escrituras e o transformou na pedra fundamental de seu pensamento acerca das ordens eclesiásticas [2]. Em O Pensamento Econômico e Social de Calvino, André Biéler enumera estes diferentes Ministros e Ministérios da Igreja no pensamento de João Calvino, mas ressalva que a relação entre eles não é de gradação hierárquica:

Os diferentes Ministros da Igreja são os pastores, incumbidos de pregar o Evangelho e administrar os sacramentos (cumprindo as diversas funções que a Bíblia menciona quando fala dos bispos, dos presbíteros, dos pastores e dos ministros), os mestres, os anciãos, (encarregados do governo e da disciplina moral da Igreja) e os diáconos. [3]
Ver: CALVINO, João. Institutas da Religião Cristã, IV, I, 9.
[1] CALVINO, João. As Pastorais. p. 98.
[2] Cf. GEORGE, Timothy. Teologia dos Reformadores. p. 238.
[3] GONZALEZ, Justo. Uma História do Pensamento Cristão. p. 543.
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